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Publicado em March 4, 2009, 3:22 p.m. - Notícias Fitrae

Mercantilização - Anhanguera cria megafaculdade

Mercantilização no DF: fusão com a Anhanguera cria megafaculdade

A Anhangüera Educacional oficializou, ontem, a aquisição da Sociedade Brasil Central de Educação e Cultura (Sbcec), mantenedora da Faculdade JK. A instituição tem 5,3 mil alunos matriculados nas duas unidades: Taguatinga e Valparaíso de Goiás. O valor da transação foi de R$ 31,3 milhões, sendo R$ 4 milhões pagos à vista.

Esta é a segunda incorporação do grupo paulista no Distrito Federal. A primeira ocorreu em fevereiro, quando a Faculdade de Negócios e Tecnologia da Informação (Facnet) foi negociada por R$ 20,48 milhões. "Viemos para crescer", resume o vice-diretor da Anhangüera, José Luis Poli. "A Faculdade JK tem o perfil semelhante ao de outras instituições do grupo, por isso a escolhemos", acrescenta. Essas incorporações fazem da Anhanguera uma das maiores instituições de ensino superior do DF, com mais de 9 mil estudantes. Em todo o País são cerca de 150 mil.

O vice-diretor esclareceu que a grade curricular dos veteranos vai se manter. No casos daqueles que vão cursar o segundo ano em 2009 e os calouros, serão implantados os currículos padrões da Anhanguera e aplicadas mensalidades menores do que as atuais. "Os veteranos têm contratos já acertados e não vamos mudar isso. Para quem entrou este ano, dependerá do professor e quem entrar no próximo ano, terá tudo novo. As mensalidades serão, em média, entre R$ 350 e R$ 450", diz Poli.

Hoje, a Faculdade JK tem cerca de 305 professores. O quadro deve aumentar com a criação de cursos bacharelados de engenharia civil, de produção, mecatrônica e elétrica, de fisioterapia, recursos humanos, logística e marketing e vendas. "Por um período de cinco anos, vamos contratar 150 professores e 40 funcionários ao ano". A previsão é investir R$ 15 milhões em infra-estrutura até 2010.

investimentos. Os investidores estão de olho no mercado educacional do Distrito Federal. Somente este ano, sete faculdades mudaram de "donos" por meio de incorporação. O proprietário do Grupo Educacional Fortium, Cláudio Farág, revela que mesmo os empreendimentos bem sucedidos estão na mira dos grupos de investidores. "Recentemente, recebemos ligações de empresas paulistas interessadas em adquirir a Fortium. O mercado está muito aquecido", diz.

Esta realidade é confirmada pelo presidente do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do DF (Sinproep), Rodrigo de Paula. "Transformar a educação só em um negócio lucrativo nos preocupa", diz Rodrigo.

A atenção está voltada para a "precariedade da relação de trabalho" e para "a baixa qualidade de ensino". "Educação é uma concessão do Estado e falta fiscalização dessa concorrência predatória", argumenta o presidente do Sinproep.

Segundo Rodrigo, há uma campanha nacional para a regulamentação do setor privado de ensino. "Precisamos colocar regras, estipular número máximo de alunos por sala de aula, por exemplo", pontua. Para evitar problemas com as faculdades, o presidente do sindicato orienta que o aluno procure conhecer a situação financeira da instituição. "Há lugares que não depositam FGTS, outros que têm salários atrasados, tudo isso vai se refletir em sala de aula."

Fonte: Correio Brasiliense
Publicado em 03/09/2008
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