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Publicado em Sept. 3, 2009, 2:30 p.m. - Notícias Fitrae

Indicador do MEC revela a falência do ensino superior privado


Indicador do MEC revela a falência do ensino superior privado

Pelo segundo ano consecutivo o Ministério da Educação avaliou as instituições de ensino superior através do Índice Geral de Cursos (IGC), e trouxe resultados alarmantes, divulgados na terça-feira, 31: o número daquelas consideradas ruins cresceu 29,6% entre 2007 e 2008, sendo que somente 21 universidades e faculdades conseguiram atingir a nota máxima (5), nível de excelência.

As 5 instituições mais bem avaliadas pelo IGC são públicas e das instituições particulares, apenas 5,5% obtiveram notas entre 4 e 5 no índice. "Isso é grave. Especialmente quando nos damos conta que o setor privado representa a ampla maioria dos estudantes de ensino superior no país", afirma André Vitral, diretor de comunicação da UNE. Historicamente a UNE luta pela democratização da universidade brasileira. "E preocupa-se com o descompromisso com a qualidade do ensino demonstrado pelos grandes grupos educacionais, que efetivamente têm transformado a educação em mercadoria", conclui.

Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), os resultados do IGC divulgados não surpreendem. "Apenas comprovam a necessidade da regulamentação do setor privado de ensino, pois quem trabalha nessas instituições sabe da péssima qualidade oferecida. Não por culpa dos professores, mas pela total falta de consciência do papel da educação, da ausência de investimento e da precarização das condições de trabalho", enfatiza Madalena Guasco Peixoto, Coordenadora geral da CONTEE, que também é membro da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES). A entidade defende que os números mostram como a aplicação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) está avançando.

Já a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), considera que o MEC não está conseguindo fazer Sinaes ser cumprido de fato. "A avaliação é um processo que deveria ser melhor aplicado pelo governo, para não criar injustiças. Hoje não ocorre de uma maneira técnica adequada. Há muitos equívocos", defende Gabriel Rodrigues, presidente da ABMES. "Se o Sinaes fosse obedecido, tudo estaria resolvido, porque é uma avaliação completa", conclui. Rodrigues aponta ainda que há um contrassenso na divulgação dos dados do IGC antes do Conceito Preliminar de Curso (CPC), pois o IGC é uma média ponderada de todos os cursos.

"Além de não representarem uma novidade, os números divulgados pelo MEC só comprovam as limitações e o desequilíbrio no sistema de ensino superior brasileiro", comenta Augusto Chagas, presidente da UNE, que reafirma "precisamos caminhar mais para a regulamentação do ensino privado, de modo a alcançar uma educação de qualidade, sem nos render à ganância por lucros inescrupulosos". Chagas ressalta ainda: "à UNE, que representa todos os estudantes do Brasil, não interessa uma educação pautada na mercantilização do ensino. À UNE importa a qualidade das instituições, que proporcionem um educação de qualidade, com formação cidadã, que permita a inclusão dos estudantes no mercado de trabalho.

Fonte: EstudanteNet


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