Enquanto a educação não for prioridade, o Brasil não vai alcançar o seu desenvolvimento pleno como muitas nações que se tornaram potências econômicas mundiais. A opinião é do professor e advogado Ricardo Martinez Froes, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Fitrae MTMS), que aponta “com pesar” que o salário médio dos professores, em MS, MT e na maioria dos Estados brasileiros, está em torno de 60% longe do mínimo ideal. Entre os graduados, professor é o profissional mais mal pago no País, afirma Froes, com base em pesquisas desenvolvidas por órgãos e entidades de classe.
“Enquanto tivermos essa realidade no Brasil, o País não vai deslanchar como potência internacional. Já avançamos muito com nossa força econômica, mas haverá sempre uma barreira se não investirmos melhor na educação. E, para isso, os professores também precisam ser melhores remunerados de ponta a ponta nesta Nação”, afirmou o presidente do Fitrae MTMS.
Em Mato Grosso do Sul o professor recebe em média R$ 1.600 (“valor não alcançado nem de longe em outros Estados brasileiros, especialmente da região nordeste”), quando o ideal seria de R$ 2.500 mensais, explica Ricardo Froes que encontra respaldo também na presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sintrae MS).
O cenário é ainda pior quando se analisa quem ensina certas disciplinas específicas.
Um professor de matemática no ensino superior ganhava em média R$ 1,8 mil no ano passado por mês.
Quem dava aulas na educação infantil com um diploma universitário recebia R$ 1,7 mil.
E um professor de filosofia no ensino médio ganhava apenas R$ 1,5 mil mensais.
Fonte: Wilson Aquino - Jornal O Progresso