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Publicado em March 14, 2012, 1 p.m. - Notícias Fitrae

Donos de escolas particulares querem pagar salário mínimo


Donos de escolas particulares querem pagar salário mínimo


Na segunda rodada de negociação representantes patronais das escolas particulares de Mato Grosso do Sul (Sinepe/MS) e de trabalhadores (Sintrae/MS) não chegaram a um consenso hoje pela manhã. O impasse ficou por conta dos pisos salariais da categoria, os patrões querem pagar só o salário mínimo aos administrativos e auxiliares, critica o professor Ricardo Froes, presidente do Sintrae/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino). 

Para o sindicato laboral, pagar apenas o salário mínimo para essas duas categorias significa “exploração trabalhista”, pois “o mínimo numa negociação justa e honesta deveria a manutenção do ganho real do ano passado em relação piso e salário mínimo nacional. Os negociadores patronais não aceitam manter o piso da categoria no patamar de ganho na mesma proporção do ano passado”, critica o sindicalista. 

Froes explicou que no ano passado, o Salário Mínimo era de R$ 545,00 e o piso do Administrativo era de R$ 620,27. Logo, os trabalhadores tinham uma diferença de ganho de R$ 75,27 em relação ao mínimo nacional, “para que os trabalhadores mantenham o mesmo ganho do ano anterior é preciso que as escolas particulares paguem um piso salarial de R$ 713,00 e é isso que eles se negam a pagar”, explicou.

O pior, segundo o presidente do Sintrae/MS, é que os representantes patronais propuseram reajuste diferenciado aos trabalhadores, de 6% aos Administrativos e de 8% aos Auxiliares. “Isto jamais poderá ser aceito na concepção dos representantes dos trabalhadores, pois não se pode fazer diferença entre um e outro. Por que não aplicar os mesmos 8% aos Administrativos e Auxiliares? Questiona o sindicalista que critica a “visão deturpada da realidade nacional, uma vez que o PIB apresenta crescimento econômico e as escolas cada vez mais crescem em ganho real, mas não querem promover distribuição de renda, na verdade querem pagar menos para ganhar mais”, comenta.

Enquanto de um lado o Sinepe/MS endurece nas negociações, algumas escolas agem diferente. São mais flexíveis e reconhecem a importância da participação dos empregados. Segundo Froes a Funlec é uma dessas instituições que valorizam o profissional. Ela, assim como outros, já adiantou 10% de reajuste salarial, pagos sobre os vencimentos de fevereiro.



Para Ricardo, o Sinepe-MS precisa mudar a visão, e valorizar mais os trabalhadores das escolas particulares. “É fato que na visão atual quer pagar menos que um salário comercial e de pequenos comércios da capital. Já é tempo de mudanças, o País é a sexta economia do mundo e ainda estamos vivendo na situação do subdesenvolvimento que estavam a duas décadas atrás”.

Espera-se que os patrões que estavam à mesa de negociação hoje tenham consciência do que estão promovendo, na exata dimensão de suas propostas injustas.

“Os trabalhadores representados pelo Sintrae-MS podem ter a certeza de que a comissão negociadora fará o melhor por eles sem o medo que eles impõem a nós no mundo do trabalho. Medo da retaliação, medo da demissão, medo do fechamento de escolas, medo da manutençao do trabalho.....Esse medo já foi o tempo, hoje o mercado de trabalho impõe justiça social e honestidade nas tratativas negociais. Eis o desabafo de quem está à frente de nossa entidade e se orgulha dela”, finaliza o presidente do Sintrae/MS.




13/03/2012 - 18:15

 fonte MS NOTICIAS

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