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Publicado em Nov. 9, 2015, 8:51 a.m. - Notícias Fitrae

Contee: Financiamento da Atividade Sindical é pauta de mais uma audiência pública

Aconteceu, no dia 5, mais uma audiência pública da Comissão Especial de Financiamento da Atividade Sindical. Dessa vez foram as entidades patronais que manifestaram seu posicionamento quanto a arrecadação sindical advinda da contribuição sindical.


A Contee participou desde a instalação da Comissão como também da primeira reunião sobre o tema com sua Coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais, Nara Teixeira, e o diretor Alan de Carvalho. Na reunião de ontem a Contee se fez representar pelo Coordenador da Secretaria de Finanças, Fabio Eduardo Zambon, e pelo Coordenador da Secretaria de Juventude, Rodrigo de Paula.


O advogado da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Cristiano Zaranza, foi um dos que defendeu a manutenção da cobrança compulsória da contribuição sindical, prevista na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele acredita que o fim da contribuição enfraqueceria algumas instituições, especialmente no meio rural. “Sindicatos de qualidade precisam de receita para ter condições mínimas de trabalhar”, ressaltou. Ele destacou ainda que 20% dos recursos referentes à contribuição sindical são destinados ao governo e que este não seria um bom momento econômico para o governo deixar de recebê-los.


O diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Rafael Theberge de Viveiros, também acredita que a parte dos recursos referentes à contribuição sindical que é destinada ao governo é importante para a economia, especialmente em momento de crise do País.


A gerente executiva de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sylzia Lorena, explicou que, pelo modelo de organização sindical adotado no País, a vinculação sindical de um empregado ou empresa ao sindicato da categoria é automática, independentemente de filiação, que é facultativa. Segundo ela, nesse modelo estão previstas as contribuições sindical (devida por todos os integrantes da categoria, sejam eles filiados ou não, paga uma vez por ano, com valor equivalente a um dia de trabalho); confederativa (fixada em assembleia geral, para o custeio do sistema federativo sindical e exigida somente dos filiados); e assistencial (prevista em instrumento coletivo de trabalho e só pode ser exigida dos filiados da entidade).


O advogado da Divisão Sindical da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Guilherme Kopfer, destacou que a contribuição sindical tem natureza tributária e está prevista na Constituição. “Não cabe à lei ordinária dispor sobre a matéria. Eventual projeto de lei ordinária que altere o fato gerador da contribuição sindical é inconstitucional, por conta de vício formal”, observou. Ele acredita que o eventual fim da contribuição poderá afetar a autonomia das entidades sindicais. “Em muitos casos, acarretará extinção das entidades sindicais”, completou. Ele ressaltou que as entidades trabalham em benefício da totalidade da categoria, e não apenas dos filiados.


O relator da comissão especial, deputado Bebeto (PSB-BA), informou que, agora, serão realizadas audiências públicas sobre o tema em todas as regiões do País. Segundo o parlamentar, a sua ideia é, ao fim dos debates, apresentar uma minuta de proposta que trate não apenas das fontes de custeio, como do modelo de organização sindical, da gestão e da transparência das entidades.


Fábio Zambon reafirmou: “Precisamos estar presente e estimularmos o debate nas reuniões regionais que começarão a acontecer. O tema é de vital importância para as entidades sindicais, pois dizem respeito a organização financeira para implementar a luta em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. E outro aspecto que precisamos estar atentos, pois como mencionado pelo relator, será a apresentação de uma minuta que não trata apenas da contribuição sindical, mas do modelo de organização sindical como um todo”.


Fonte: Contee com informações de Câmara Notícias

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